quarta-feira, 7 de abril de 2010

Uso de chupeta: história e visão multidisciplinar

Este post é um resumo de um trabalho realizado por Silvia Diez Castilho, Doutora, Pediatra, Professora da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas); e Marco Antônio Mendes Rocha, Acadêmico da Faculdade de Medicina, PUC- Campinas, SP.

Realiza um levantamento multidisciplinar da literatura, buscando prós e contras, com o propósito de oferecer aos profissionais da saúde subsídios para orientarem os pais.

Fontes dos dados: O levantamento histórico foi realizado em livros de história, arte, literatura secular, museus, e a busca de dados, em livros e nas bases MEDLINE, LILACS, SciELO e Biblioteca Cochrane. Os limites para busca foram: pacifiers, últimos 5 anos, com resumo, texto em português, inglês ou espanhol.

Síntese: Existem evidências de que os precursores da chupeta foram empregados desde o período neolítico para acalmar as crianças. Bolinhas de pano que continham alimentos ficaram imortalizadas em telas. Outras, feitas de materiais não perecíveis, resistiram ao tempo. A chupeta tem sido utilizada para estimular a sucção ou para coordenar esse reflexo, antecipando o início da alimentação oral de recém-nascidos. Alguns sugerem que diminui a incidência de morte súbita, mas o assunto é controverso. Ela impede o estabelecimento da mamada e induz ao desmame. Pode provocar asfixia, intoxicações ou alergias e aumenta o risco de cáries, infecções e parasitoses intestinais. Efeitos deletérios se associam à frequência, duração e intensidade do hábito, que deve ser descontinuado entre os 3 e 4 anos para não repercutir sobre a fala e a dentição.

Conclusões: Foram encontrados mais efeitos deletérios do que benéficos. Recomenda-se que os profissionais da saúde ofereçam aos pais dados sobre os prós e contras da chupeta para que eles tomem uma decisão informada sobre seu uso.

J Pediatr (Rio J). 2009;85(6):480- 489: Chupeta, comportamento de sucção.

Para ver o trabalho completo pode clicar aqui.