quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Bebêgrafia - o primeiro ano de vida do bebê na visão dos pais

Bebêgrafia é um livro que reúne HQs, cartuns e ilustrações sobre o primeiro ano de vida dos bebês na visão de dois papais. Um projeto gráfico e literário que vai sair dos sonhos para o papel através da mobilização coletiva: um crowdfunding ajudou os autores, a levantar recursos para a publicação!

O livro promete, com humor e sinceridade, trazer à luz a experiência paterna da chegada dos bebês. Não se tratando de um manual de cuidados, os autores apostam nas suas reflexões e sentimentos - e grande talento com ilustrações - para convidar as novas famílias a se inspirarem com o novo, o inédito, o inusitado!


  


Victor Farat e Rodrigo Bueno são cartunistas e viraram papais na mesma época. Desde então a vida de ambos (como a maioria dos pais) virou de ponta cabeça. Os dois colegas de ofício passaram a ter um novo e intenso assunto em comum: os primeiros cuidados com os bebês. Entre fraldas sujas e noites mal-dormidas os dois artistas trocaram muitas ideias, informações e mapearam suas experiências com desenhos, HQs e cartuns. Bebegrafia é a soma desses dois olhares e traços distintos, constituindo um relato sincero, leve e bem humorado sobre essa fase inesquecível da vida: o primeiro ano de vida do bebê.



"Cacá. Esse é o nome do pediatra que a gente encontrou no segundo mês de vida das meninas.. O consultório dele parecia uma brinquedoteca bagunçada. E ele próprio, o Cacá, parecia um professor de yoga. Em nossa primeira consulta estranhei, pensei em dar no pé. É que eu estava costumado com um estereótipo de médico padrão, sérião, mais formal. Aquele sujeito era muito despojado pra ser um médico.
Mas a minha desconfiança foi diminuindo a medida que conversávamos. O Cacá ouvia mais que falava e não tinha nenhuma pressa. Todas as dúvidas, inseguranças e ansiedades eram tratadas com atenção, seriedade mas sem assombramento. As orientações estavam sempre focadas na saúde e não na doença. Assim ele deu o suporte necessário pra que a gente se sentisse capaz de cuidar das meninas. Nos motivou com a ideia de que não era tão complicado cuidar de dois bebês prematuros. Dariamos conta. E a gente deu mesmo.
Cacá ainda é nosso pediatra e um bom amigo da família. Ele vai escrever o prefácio do nosso livro Bebêgrafia."

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O que são os objetivos do milênio

A Organização das Nações Unidas promoveu, em setembro de 2000, a Assembléia do Milênio, a reunião de chefes de Estado e de governo de maior magnitude jamais realizada: 191 delegações estavam presentes, 147 delas lideradas por suas autoridades de mais alto escalão. O debate resultou na aprovação da Declaração do Milênio, que reconhece que o mundo já possui a tecnologia e o conhecimento para resolver a maioria dos problemas enfrentados pelos países. Até então, no entanto, tais soluções não foram implementadas na escala necessária. O estabelecimento destes objetivos representa uma grande realização da comunidade internacional, visto que são mensuráveis e temporalmente delimitados.




CONTEÚDO
Oito objetivos gerais foram identificados:

1 - Erradicar a extrema pobreza e a fome.


2 - Atingir o ensino básico universal.


3 - Promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres.


4 - Reduzir a mortalidade infantil.


5 - Melhorar a saúde materna.


6 - Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças.


7 - Garantir a sustentabilidade ambiental.


8 - Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

PARA AS CRIANÇAS
Ainda que os ODM sejam para toda a humanidade, dizem respeito principalmente à criança.
Por quê?

Crianças são mais vulneráveis quando a população em geral carece de elementos essenciais como alimentos, água, saneamento e atenção de à saúde. Também são as primeiras a morrer quando suas necessidades básicas não são atendidas.

Ajudar a criança a desenvolver todo o seu potencial significa um investimento no progresso da humanidade. Isso porque, nesses primeiros e fundamentais anos de vida, toda assistência que se possa dar à criança faz uma enorme diferença em seu desenvolvimento físico, intelectual e emocional. E, quando se investe na infância, os ODM são conquistados mais rapidamente, já que as crianças constituem uma grande porcentagem dos pobres em todo o mundo.

BRASIL

Ao final dos 15 anos do contrato - o Brasil cumpriu parcialmente algumas metas e totalmente duas, diretamente relacionadas à infância. São: redução da mortalidade e erradicação da fome e miséria. 

Saiba mais: 
Amamentação e os objetivos do milênio. 
http://www.aleitamento.com/promocao/conteudo.asp?cod=1873

Metas do Milênio no Brasil
http://m.zerohora.com.br/284/noticias/4678531/o-desempenho-brasileiro-nas-metas-da-declaracao-do-milenio-da-onu

Mais detalhes sobre cada um dos objetivos 
http://www.radardaprimeirainfancia.org.br/conheca-objetivos-milenio/

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Felicidade é o grande remédio

Texto de Cíntia Dalpino

(...)

É mais fácil prescrever um remédio para a dor de cabeça do que saber porque aquela pessoa está preocupada. É simples e rápido dar um diagnóstico com uma prescrição. O sintoma some, a pessoa se sente curada. Mas o problema continua lá.

Porque o problema, na maioria das vezes não é a doença. E sim o que a causou.

Na vida temos essas descobertas. E com a maternidade, talvez isso tenha ficado tão evidente que seja difícil não enxergar. A felicidade, o bem estar, a conexão humana.. está tudo intimamente ligado com a saúde.

Me lembro que quando a Eva era pequena fui ao nosso pediatra, o Carlos Eduardo Correa, carinhosamente chamado de Cacá. Eu tinha o hábito de colocá-la numa piscininha com água gelada no fim de tarde com uma amiguinha do prédio. Era o meu ‘happy hour’. Elas brincavam na água, se divertiam, saiam peladas correndo e, mesmo no frio, aquilo tinha um efeito mágico no nosso dia.
Quando relatei aquele fato para o Cacá, com medo de que aquilo fosse usado contra mim caso ela ficasse resfriada, ele deu uma sonora gargalhada. “Mas que delícia! Pode ir na piscininha! Se faz vocês felizes, faça isso!”. E fizemos por meses seguidos, até a amiguinha se mudar de prédio e perdermos a companhia.

Ela nunca ficou resfriada por conta disso.

Mas aquela não foi a primeira vez que ele prescreveu felicidade. No pós parto da Eva ele me fez perceber que eu estava incomodada com as visitas e prescreveu uma viagem para que a Eva parasse de chorar todo fim de tarde. Funcionou. Na praia por 20 dias, não houve um choro sequer.

E assim, cada vez que eu ia numa consulta, aprendia um pouco. Enquanto entendia a mim mesma, percebia como a resolução dos meus problemas, das minhas carências, da minha confusão, estava relacionada com a saúde da minha filha.

Os sintomas eram tratados, mas o olhar cuidadoso daquele médico com a nossa família é que curavam de verdade. Era ele quem me fazia contar sobre como eu me sentia em relação à maternidade, à falta de tempo, desabafar sobre meus medos, minhas angústias e as inseguranças que me afligiam.



Posso afirmar com todas as letras que nunca houve uma doença na minha casa que não estivesse relacionada com nosso estado de espírito. Porque quando eu enxergava as semanas que antecediam os sintomas físicos, podia ver tristeza, podia ver medo. Podia ver algo que não estivesse relacionado à felicidade.

Felicidade cura. Ela está relacionada à imunidade. Hoje existem até mentores da felicidade que levam o conceito de felicidade para ‘curar’ crises em grandes empresas. Segundo o empresário Maurício Patrocínio, criador do programa Discutindo a Felicidade, esse é o grande ‘remédio’ atual. Por isso faz palestras por todo o Brasil, ajudando a levar felicidade nas empresas. O impacto? Imediato. Reflete nas vendas, reflete na produtividade. reflete no lucro. reflete em tudo.

Porque agora as pessoas perceberam que não adianta ser perito nisso ou naquilo. No dia a dia, se o cara mais capacitado do mundo não estiver bem consigo mesmo, não consegue desenvolver um bom trabalho.
Talvez seja por isso que tenhamos tantas pessoas doentes. Tanta gente infeliz.

Falta felicidade. Faltam referências que nos libertem para que possamos olhar com amor para nós mesmos, e para as nossas relações. Para a nossa vida. E possamos olhar para a manutenção da felicidade de uma maneira real. Sabendo que é um antídoto para tudo.
Que saibamos perceber que mais importante que fazer desse ou daquele jeito, é mais eficaz a maneira como fazemos. O amor que colocamos nas relações e no cuidado com as crianças e com nós mesmos.

Como diz o Cacá, nosso Patch Adams brazuca, citando sabiamente Jung “Por mais que eu conheça técnicas, por mais que eu domine técnicas. Diante de um ser humano, que eu seja outro ser humano”.

É isso.



quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Humanidade e Superação

Gosto muito de escrever mas ando percorrendo o caminho da falta de convicções para tal. Me sentindo num impasse da vida , em que as ideias vem contraditórias e sem certezas. Desde que assumi que não há verdades e sim opiniões sobre os caminhos a seguir ficou bem difícil me posicionar, por parecer Caetano dizendo isto ou aquilo. Ou não.

São tantas certezas que encontro no caminho pessoal e profissional, tanta gente liberta do medo da dúvida, que ando me sentindo solitário em caminhar a trilha da incerteza. Do talvez. Do nem sempre.
Me encontrei com Deus, me encontrei nesta linha de pensamento, me encontrei neste sentimento, superei dificuldades, me superei.

E aí? Para onde se vai depois da superação?
Acabou? Estou pronto ?

Aliás, superação parece a palavra correta da vez, mas que para mim significa um ato contínuo. Superar deveria ser o que todos diriam todos os dias por viverem este dia.
Quem disse que a superação está em um lugar? Está num acontecimento? A superação está num encontro com um eu melhor e maior que provavelmente irá nos predispor a novas questões? Novas dificuldades? Nova necessidade de superação?

Ou não? 

E aqueles que não superaram isto ou aquilo estão piores?
É tanta avaliação de valor, melhor ou pior, que a confusão fica enorme. Palavras perigosas que constroem castas de certos e errados e fazem todos viverem um papel fictício de "ganhadores e perdedores".

E novamente, o amor e a compaixão se esvaem, sangram e morrem. Pela natureza da compaixão não há quem ganhe ou perca e muito menos pela lei do amor. Não sejamos super heróis de nós mesmos e muito menos heróis para o mundo.

Sejamos bons humanos com defeitos e qualidades. A vida não deveria ser vista da ótica do certo ou errado e sim da emoção que cada momento carrega. A amorosidade é misteriosa e envolve dizer sim e não, mesmo que isto não agrade. Mesmo assim, aproxima as pessoas.
As torna reais.
As faz humanas. 

Colagem de Diego Maxx

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Ensina teu filho a não ter, para que não sinta falta.


Vamos celebrar o prazer de construir uma família?
Podemos nos render a trama social do que parece correto, e assim, acreditar que um bebê abandonado é um exemplo de bem estar e felicidade.
É para muitos, o modelo do bem materno. Abandona teu bebê, para que ele não acostume com os bons tratos de uma mãe amorosa.

É simples assim.
Por que acostumar a criança a ter amor, se o faltará para a vida inteira?
Veja meu caso, é melhor já aprender que há falta de amor, do que viver procurando um.
Assim se constitui uma humanidade, destituída de humanidade.

Que lógica há nisso? Ensina teu filho a não ter, para que não sinta falta.
Cansado, cansado e cansado.
Que as subversivas do amor se joguem, e estabeleçam o direito de amar da forma mais natural e humana possíveis. O tal do amor incondicional.

Que através deste amor se construam seres humanos responsáveis e capazes de reproduzir este amor sem terapia. Sem releituras. Sem descobertas a respeito do amor. Simplesmente amor!!!!!!
A partir do ensinamento materno.
A partir das lições do pai.
A partir da família!




Imagem daqui